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POR QUE A VERDADE NÃO É DE NINGUÉM? ”

 

     Com este título, o Dr. José Benevides Cavalcante, de Garça/SP, publicou um artigo no Correio Fraterno, edição de setembro-outubro de 2007, mostrando que homens corajosos  “desafiaram a verdade institucionalizada, preparando o mundo para uma nova era”. Depois de citar alguns nomes importantes da História Universal, tais como, Miguel de Servert, Giordano Bruno e John Huss, citou o Prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail, que, em abril 1857, na França, também ousou discordar, publicamente, da verdade institucionalizada, fazendo nascer a figura ousada de Allan Kardec, ao proclamar a nova Doutrina (e a nova Ciência, acrescentamos nós)” (Grifo nosso).

NOSSO COMENTÁRIO 

     Como se vê Allan Kardec era um Espírito superior, um Homem de grande personalidade, forte, ousado, corajoso, audaz, que sabia discutir com os adversários, defendendo os postulados da Doutrina Espírita e não fugia nunca da polêmica com quem quer que fosse.

      Diante, pois, dessa verdade incontestável, como se pode admitir, se conceber, que, quarenta e um anos depois, seu Espírito iria reencarnar no corpo de Chico Xavier, um efeminado, que nunca pensou em casar e ter filhos, um tímido, um pusilânime, um invigilante, que, certa vez, tornou-se conivente com a adulteração de “O Evangelho segundo o Espiritismo” de Allan Kardec, conforme nos informa Jorge Rizzini em “José Herculano Pires, o Apóstolo de Kardec”?!  Como?!

      Chico, - registrou seu biógrafo -, era um “matuto”, um “caipira”, que tinha plena consciência de que era um “cisco”, um indivíduo “insignificante”, um “servidor quase inútil ...”, um “nada”, um “graveto que se confunde com o pó”, um “animal em serviço”, uma “besta humana”, enfim, um “verme”, como ele próprio se julgava?! (Marcel S. Maior, obra citada, págs. 70 e 71)

     E, -  o que é pior!  -, ele sabia que o padre da Igreja nas missas vivia atacando o Espiritismo, mas, ao contrário de Eurípedes Barsanulfo e Cairbar Schutel, “nunca tentou argumentar com o sacerdote. Ignorava qualquer provocação. Fugia de confrontos... “ (Marcel, obra citada, pág. 112).

      Ora, muito bem! Diante desses fatos reais, incontestáveis, como se pode afirmar com tanta segurança  que “Chico Xavier foi a reencarnação de Allan Kardec”, como vivem afirmando, categoricamente Marlene Nobre, médica de São Paulo/SP, Carlos Baccelli, dentista de Uberaba/MG e Weimar Munis de Oliveira, magistrado de Goiânia?!

      Deus meu! Quanta gente obsedada nos altos escalões do Poder?!     

       Quanto a mim, humilde professor aposentado, devo deixar bem claro que não concordo. É uma afirmação absurda!  Uma ofensa à memória do Codificador!  Deixo, pois, aqui gravado o meu veemente protesto. Sim, meu veemente protesto!