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ASSIM FALOU ALLAN KARDEC
(Sobre a encarnação dos Espíritos)

"Todos os Espíritos - todos, sem exceção – foram e são criados simples e ignorantes e se instruem através das lutas e tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não poderia fazer felizes a alguns, sem penas e sem trabalhos, e, por conseguinte, sem mérito.

" Mas, para se instruirem, precisam encarnar-se; precisam passar pelas lutas e tribulações da vida corporal, já que, somente assim, podem chegar à perfeição e aproximar-se da Divindade. Portanto, a encarnação é um fim a ser alcançado.

"A alma (ou Espírito encarnado), que não atingiu a perfeição durante a vida corpórea, só acaba de se depurar, submetendo-se à prova de uma nova existência. Sim, todos nós tivemos e vamos ter ainda muitas existências, ou seja, já encarnamos muitas vezes e vamos encarnar ainda muitas outras

"A finalidade da reencarnação é a expiação, o melhoramento progressivo da humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça divina?!

"A cada nova existência o Espírito dá um passo na senda do progresso; quando se despojou de todas as suas impurezas, não precisa mais de provas da vida corpórea.

"A obrigação do Espírito encarnado de prover à nutrição do corpo, à sua segurança, ao seu bem-estar, obriga-o a aplicar suas faculdades em investigações, a exercê-las e desenvolvê-las. Sua união com a matéria é, pois, útil ao seu progresso; eis porque a encarnação é uma necessidade. Por outro lado, pelo trabalho inteligente que o Espírito opera sobre a matéria, em sua própria vantagem, ele auxilia a transformação e o progresso material do globo que habita; é assim que, progredindo, ele auxilia a obra do Criador de quem é um agente inconsciente.

"A encarnação não é, pois, uma punição para o Espírito, como alguns têm pensado (*), mas uma condição inerente à inferioridade do Espírito e um meio de progredir..." ("A Gênese, cap. XI, ns. 24 e 26)

(*) OBSERVAÇÃO.: - Neste último parágrafo, Allan Kardec, com sua autoridade de Missionário a serviço do Espírito de Verdade, deixa bem claro que não aceita o que se encontra em "Os Quatro Evangelhos" de J. B. Roustaing, que, no vol. I, pág. 317, declarou: "Não; a encarnação humana não é uma necessidade, é um castigo (...) e o castigo não pode preceder a culpa..." E reafirmou mais adianta, na pág. 320, ao dizer: "Errôneo é admitir-se que a encarnação humana seja uma necessidade..."

O Livro "A Gênese" de Allan Kardec foi publicado em 1868. Entretanto, quatro anos antes, quando lançou "O Evangelho segundo o Espiritismo", o querido Mestre lionês já mostrava a necessidade da reencarnação dos Espiritos, quando, no cap. V, ao comentar uma passagem dos Evangelhos de Jesus – "Bem-aventurados os Aflitos" - ele focaliza, com grande sabedoria a "Justiça das aflições", apontando suas "Causas atuais" (nº 4) e suas "Causas anteriores" (ns. 6 a 10).

Em seu livro "O Céu e o Inferno", Allan Kardec deixou bem claro: "A encarnação é necessária ao duplo progresso morl e intelectual do Espírito; ao progresso intelectual pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela necessidade recíproca dos homens entre si. A vida social é a pedra de toque das boas ou más qualidades" (Parte I, cap. III, nº 8).

Na Revista Espírita de junhode 1863, num artigo intitulado "Do Princípio da Não-retrogradação do Espírito", Allan Kardec volta a declarar que "a encarnação é uma necessidade para o Espírito, que, realizando sua missão providencial, trabalha seu próprio adiantamento pela atividade e pela inteligência que deve desenvolver, a fim de prover à sua vida e ao seu bem-estar"

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