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ASSIM FALOU ALLAN KARDEC

“Eu assistia, desde algum tempo, às sessões que se realizavam em casa do Sr. Roustan e começara aí a revisão do meu trabalho, que, posteriormente, formaria O livro dos Espíritos. Numa dessas sessões, muito íntima, realizada no dia 30 de abril de 1856, a que apenas assistiam sete ou oito pessoas, falava-se de diferentes coisas relativas aos acontecimentos capazes de acarretar uma transformação social, quando a médium, Srta. Japhet, tomando da cesta, espontaneamente escreveu: ‘Quando o bordão soar, abandoná-lo-eis; apenas aliviareis o vosso semelhante; individualmente, o magnetizareis, a fim de curá-lo. Depois, cada um no posto que lhe foi preparado, porque de tudo se fará mister, pois que tudo será destruído, ao menos temporariamente. Deixará de haver religião e uma se fará necessária, mas verdadeira, grande, bela e digna do Criador... Seus primeiros alicerces já foram colocados... Quanto a ti, Rivail, a tua missão é aí. (Livre, a cesta se voltou rapidamente, para o meu lado, como o teria feito uma pessoa que me apontasse com o dedo.). A ti, M... (...) serás o primeiro a vir. Ele, Rivail, virá em segundo lugar: ele é o obreiro que reconstrói o que foi demolido”.

            “Foi essa a primeira revelação positiva da minha missão, e confesso que, quando vi a cesta voltar-se bruscamente para o meu lado e designar-me, nominalmente, não me pude forrar a certa emoção.

            “O Sr. M..., que assistia àquela reunião, era um moço de opiniões radicalíssimas, envolvido em negócios políticos...” (“Obras Póstumas”).

OBSERVAÇÃO:

            Na  sessão realizada uma semana depois (7 de maio), no mesmo local, respondendo a uma indagação de Allan Kardec, o Espírito de Hahnemann confirmou a notícia e foi mais longe ao dizer: “Se observares as tuas aspirações e tendências e o objeto quase constante das tuas meditações, não te surpreenderás com o que te foi dito. Tens que cumprir aquilo com que sonhas desde longo tempo. É preciso que nisso trabalhes ativamente, para estares pronto, pois mais próximo do que pensas vem o dia”.

                Kardec argumentou, dizendo: “Para desempenhar essa missão, tal como a concebo, são-me necessários meios de execução que ainda não se acham ao meu alcance”, ao que o Espirito comunicante respondeu: “Deixa que a providência faça a sua obra e serás satisfeito”.

                No mês seguinte,  em sessão realizada no dia 12 de junho, em casa do Sr. C..., respondendo a uma indagação de Kardec, o Espírito de Verdade, através da mediunidade da Srta. Aline C..., declarou: “Confirmo o que te foi dito (...) Tomarás mais tarde conhecimento de coisas que te explicarão o que ora te surpreende (...) a missão dos reformadores é prenhe de escolhos e perigos. Previno-te de que é rude a tua, porquanto se trata de abalar e transformar o mundo inteiro (...) Tens que expor a tua pessoa. Suscitarás contra ti ódios terríveis; inimigos encarniçados se conjurarão para a tua perda; ver-te-ás a braços com a malevolência, com a calúnia, com a traição mesma dos que te parecerão os mais dedicados; as tuas melhores instruções serão falseadas; por mais de uma vez sucumbirás sob o peso da fadiga; numa palavra: terás de sustentar uma luta quase contínua, com sacrifício do teu repouso, da tua tranqüilidade, da tua saúde e até da tua vida (...) Para lutar contra os homens, são indispensáveis coragem, perseverança, inabalável firmeza, prudência e tato, devotamento, abnegação e disposição a todos os sacrifícios...”

                Diante disto tudo, perguntamos: - Se o advogado de Bordéus, J. B. Roustaing, veio mesmo para auxiliar Kardec, como afirmou o Espirito 

de Humberto de Campos, via mediunidade de Chico Xavier, com o aval de Emmanuel e da FEB, por que o Espírito de Verdade nada revelou ao Missionário de Lyon?! Por que, em 1856, não avisou a Kardec que dez anos depois iria aparecer o que Roustaing chamou de “Revelação da Revelação”, expressão esta que Ismael Gomes Braga traduziu como “um curso superior de Espiritismo”? Finalmente, por que o luminoso Espírito de Verdade não avisou a Kardec que um dos principais membros de sua equipe era J. B. Roustaing, a quem deveria procurar para trabalharem juntos?! Por que?!...

                Por outro lado, Allan Kardec, refletindo sobre o que disse o Espírito de Verdade, “atestou que tudo que lhe foi prevenido aconteceu de fato”, e, em certo trecho da nota complementar, deixou bem claro: “... traíram-me aqueles em quem eu mais confiança depositava (...) pelas costas me apunhalaram...”

                Ouçam os que têm ouvidos de ouvir, disse Jesus.

 

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