Henrique Andrade nasceu no Rio de Janeiro, a 12 de novembro de 1889, filho de Manoel Gomes de Andrade e Theodora do Vale Andrade.
Durante anos trabalhou no comércio, mas, em 1919, formou-se em Direito e começou a trabalhar como advogado.
Ainda era estudante, quando conheceu Ignácio Bittencourt que, pelas curas que realizava, era então um dos médiuns mais destacados do Brasil. E foi por sua influência que começou a se interessar pelo Espiritismo, tornando-se dedicado trabalhador da causa, do estudo e da difusão da Doutrina Espírita.
´Foi, ainda por sugestão de Ignácio Bittencourt que se tornou expositor espírita, adquirindo grande projeção em todo o território nacional.
Juntamente com Ignácio Bittencourt e Ernestina Ferreira dos Santos, participou da Diretoria do Abrigo Thereza de Jesus; participou da fundação da Tenda Espírita de Caridade, juntamente com Vianna de Carvalho e outros confrades; presidiu a União Espírita Suburbana, no Méier, bem como a Liga Espírita do Brasil, entre 1933 e 1936, onde prestou relevantes serviços ao Movimento Espirita.
Henrique Andrade foi um dos mais ardorosos defensores e propagadores da obra codificada por Allan Kardec. Idealizou um órgão doutrinário de propaganda espírita, e, com o Comandante João Torres e Benedicto de Souza, proprietário de uma gráfica, fundou o jornal "Mundo Espírita", que, com a devida autorização do seu fundador, encampado pela Federação Espírita do Paraná, que se tornou responsável por sua circulação mensal.
Com Lins de Vasconcelos e outros participou da Coligação Nacional Pró-Estado Leigo.
Pela imprensa espírita iniciou uma cruzada em favor da "pureza doutrinária", que ficou conhecida como "A Bem da Verdade". Depois, reuniu todos os seus artigos em um livro com o mesmo título, que foi prefaciado pelo confrade General Manoel Araripe de Faria..
Henrique Andrade foi professor do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB),
Conhecido hoje como a "Casa de Deolindo Amorim", seu idealizador e principal fundador.
Henrique Andrade desencarnou no dia 29 de julho de 1968.
A esse grande confrade, defensor da Pureza Doutrinária do Espiritismo, as nossas sinceras homenagens póstumas.