"Neste momento em que "O FRANCO ATIRADOR" dá lugar a "O FRANCO PALADINO", ambos sob a responsabilidade do emérito professor Erasto de Carvalho Prestes, quero externar o meu pensamento, reiterando o que tenho dito por telefone, de agradecimento sincero e entusiasmado pelos inúmeros exemplares ofertados a mim, desse magnífico periódico, que já dura vários anos.

"Quero dizer que só tenho visto nessas "Proclamações" o que há de sincero e de coragem de apresentar o seu ponto de vista como espírita convicto que é, seguindo o pensamento de Jesus (o Homem de Nazaré) que nos dizia que ‘aqueles que não se envergonhassem de suas palavras, o Filho do Homem (sim, de José, não do Espírito Santo, como falam os roustainguistas) também não se envergonharia deles, quando estivesse diante de Deus’.

"Bem sei que é difícil manter o seu ponto de vista diante de tantos contraditores, diante de tantos interesses personalísticos e obsessivos, à semelhança de Kardec que não arredou pé diante dos opositores e farsantes.

"E, por falar em Kardec, nos lembramos dos artigos publicados nas "Proclamações" do prof. Erasto, a respeito de sua reencarnação, para completar sua obra, - de que maneira? – bem, só Deus sabe, trabalhando na seara espírita ou em outros campos de atividade. Acho que o prof. Erasto foi bem enfático ao dizer que só mesmo evocando o Espírito de Allan Kardec, é que poderemos obter uma resposta definitiva, não só quanto a este assunto, mas também quanto a outros do interesse do movimento espírita brasileiro.

"Mas quero lembrar aos espíritas que lêem esta publicação, que não nos esqueçamos de um artigo inserido na Revista Espirita (de março de 1868 – Edicel), a respeito dos Messias do Espiritismo, quando nos mostra que eles passariam e não seriam reconhecidos.

"Quanto aos comentários e ataques à Federação Espírita Brasileira (Roustainguista, como escreve o prof. Erasto), é justa a atitude de defender o Espiritismo na sua pureza doutrinária, colocando-a longe dos espíritos embusteiros, lobos disfarçados em pele de cordeiros, e só não vê quem não estuda, não pesquisa e não faz o papel de verdadeiros espíritas, e sim o de dogmáticos, ou seja, engolem tudo o que se lhes diz, sem examinarem os prós e os contras.

"Sou da opinião do prof. Erasto e não deixarei de combater essa peste de interesses anti-doutrinários de hipócritas aparências em favor de credos religiosos que têm por objetivos a exploração da crença ingênua de devotos, que se deixam levar por interesses próprios.

"Nós, os espíritas, temos e devemos falar e viver o Espiritismo codificado por Allan Kardec, o que não é difícil de descobrir; é só estudar a base da Doutrina contida no Pentateuco deixado por seu Codificador, ou seja, O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho s/o Espiritismo, O Céu e o Inferno e a Gênese. Os demais livros, ditos complementares, devem ser examinados, e, se não estiverem de acordo com os princípios kardecistas, devem ser desmistificados.

"Aqui fica a minha opinião e agradeço ao prof. Erasto o convite que me fez, por telefone, para que eu expressasse o meu pensamento sobre suas proclamações. Daqui da Amazônia, o faço com muita satisfação.

"Com muita alegria, uno-me aos leitores das antigas e novas "Proclamações". Faço votos para que, unidos num só bloco, estejamos sempre com o prof. Erasto, nesta luta incansável, mas gloriosa, em prol da pureza da Doutrina dos Espíritos.

"Que Deus nos abençoe e que o Mestre Jesus, o Espírito de Verdade, nos proteja sempre".

(O confrade Oscar Alencar Nascimento Filho é militante do movimento espírita em Tucuruí/PA) .