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NOSSO BOLETIM DE SETEMBRO GERA INDIGNAÇÃO

 

                Recebemos de um confrade residente em BRASÍLIA/DF uma correspondência, cujo texto é o seguinte: “Prezado Erasto, reitero meus agradecimentos por me enviar sempre o seu boletim  “O FRANCO PALADINO” que leio com atenção e respeito, pois o vejo como um homem de bem, que admite ter a responsabilidade de zelar pela fidelidade doutrinária. No entanto, com pesar registro sua agressividade  com aqueles que considera não-alinhados com o seu pensamento...

“Em seu comentário, inserido na coluna “ASSIM FALOU ALLAN KARDEC”, do boletim nº 63, você critica Roustaing pela forma como ele se dirigiu ao Codificador (Ver coluna 1 da pág. 2), considerando “um ato de grande petulância, ousadia, atrevimento, insolência, alguém se referir ao grande Missionário lionês,  Sr. Allan Kardec, que foi assistido pelo Espírito de Verdade, nesses termos tão ofensivos e caluniosos”. Sua indignação é compreensível, tendo em vista seu acendrado amor por aquele que foi o canal para a Terceira Revelação.

“Agora, pergunto, que nomes podemos dar às suas palavras, dirigidas a Chico Xavier, que serviu de exemplo de amor e bondade para todos, espíritas e não espíritas, que tiveram a oportunidade de conhecê-lo?

“À pág. 3 do seu boletim nº 63, não admitindo, (como eu também não admito), que ele, o Chico,  tenha sido a reencarnação de Allan Kardec, você diz: “ – Allan Kardec reencarnou, sim, mas não foi nenhum sujeito magro, feio, efeminado, de voz mansa, tímido, covarde, vaidoso, que vivia de braços dados com  os dirigentes roustainguistas da FEB, graças aos quais se projetou no meio espírita e sempre esteve a serviço dos jesuítas do espaço...”

“Pargunto-lhe agora, – Allan Kardec se dirigiu alguma vez a alguém de forma tão grosseira? Foi cruel com os que buscaram macular sua imagem ou que se declaravam adversários do Espiritismo?!...

“Meu irmão, desculpe-me, mas não pretendo ensinar nada a você. Por isto cito Kardec.

“Que Jesus nos ilumine”.

NOSSA RESPOSTA  

     “Prezado confrade, li sua mensagem via e-mail e, confesso, não pretendia tecer comentários sobre o que o senhor disse. Só estou tomando esta iniciativa porque, médium que sou, estou ouvindo, bem claramente, uma voz a dizer-me: “ – Escreva; não se omita. Faça o seu comentário. Isto é muito importante”. Me pareceu mesmo ser uma ordem superior, que cumpro com a melhor boa vontade.

     Vamos então ao meu parecer.

      Ao contrário do senhor, não vejo nenhuma “agressividade” em minhas críticas a Roustaing. Reafirmo tudo que disse anteriormente. Acho que ele foi mesmo muito petulante, ousado, atrevido, insolente, ao se referir a Allan Kardec da maneira como se referiu. Não usei, em meu comentário, termos tão ofensivos e caluniosos em relação a Roustaing, como o senhor diz, mesmo porque, a meu ver, ele foi o primeiro grande traidor de Allan Kardec.

     Quanto ao Chico Xavier, concordo com o senhor quando diz que ele foi “um exemplo de amor e bondade”. Agora, na crítica que fiz e aparece no meu boletim nº 63 não citei o nome dele, pode ver. Foi o senhor que resolveu colocar-se no seu lugar, e, por isso mesmo, achou por bem enfiar a carapuça na sua cabeça, já que, na do médium mineiro, isto já não era mais possível, desde sua desencarnação em 31 de junho de 2002.

      Na verdade eu não exagerei nada ao afirmar que Allan Kardec reencarnou, sim, mas não no corpo físico de um sujeito magro, feio, tímido, covarde, etc. etc. pois tudo isto consta da biografia do médium mineiro escrita e publicada por Marcel Souto Maior sob o título de “As Vidas do Chico”, cuja primeira edição foi lançada em 1994, portanto, oito anos antes de sua desencarnação em Uberaba/MG. Aliás, como é sabido, o próprio Chico, encarando sua personalidade, se via como uma pulga, um cisco, um lixo, um nada. Ora! convenhamos, meu irmão, o Prof. Rivail/Allan Kardec, reencarnado em fins do século dezenove, conforme anunciou o Espírito de Verdade, em junho de 1860, jamais veria sua imagem dessa maneira tão inferior, tão sem nexo, tão  ridícula!... Não é verdade?!  Mas também não pretendo ensinar nada a você, meu irmão. Fique em paz!

Que Jesus, o Homem de Nazaré, nos ilumine. Sim, repito, Jesus, o Homem de Nazaré, não o “agênere dos docetas do século quarto e dos roustainguistas dos séculos dezenove, vinte e vinte e um”.