A GRAVIDEZ E O PARTO DE MARIA SEGUNDO ROUSTAING
“A gravidez de Maria foi obra do Espírito Santo, e, como tal, aparente e fluídica, de maneira a produzir a ilusão e fazer crer numa gravidez real.
“Assim, só aparência de gravidez houve em Maria. A gravidez foi apenas aparente, fluídica, sendo a intumescência do ventre produzida por uma ação fluídica, efeito do magnetismo espiritual.
“Seu parto foi igualmente obra do Espírito Santo e só se deu na aparência, tal como a gravidez. Tanto quanto da gravidez, Maria teve a ilusão do parto. Era necessário que ela acreditasse nessa ilusão. Para isso ela foi colocada sob a influência magneto-espiritual”. (Ver “Os Quatro Evangelhos” de J. B. Roustaing, tradução de Guillon Ribeiro, 6ª edição, vol. I, págs. 105 e 196)
“Maria tinha que crer num parto real. Por isso os Espíritos prepostos a puseram sob a influência magneto-espiritual semelhante a de um sonâmbulo que vê e acredita no que se quer que ele veja e acredite.
“A fim de dar a Maria a ilusão do parto e da maternidade, os Espíritos a fizeram experimentar os efeitos semelhantes às contrações naturais em um parto normal.
“No momento em que Jesus nasceu, Maria tomou nos braços o bebê, como se o parto fora real, crente assim de que ele era fruto de suas entranhas.
“Maria era quase uma criança e, portanto, pouco experiente das coisas humanas..
“A gravidez e o parto de Maria não tiveram, da sua marcha natural, senão a aparência da realidade”.(idem, ibidem, págs. 199 e 200)
“Fácil teria sido produzir nos homens que porventura assistissem Maria na hora de dar à luz, a ilusão do seu parto. Mas a isso se opunha o prestígio misterioso de que devia cercar-se o ‘nascimento’ de Jesus. Maria estava só no momento.
“Fácil era dar a ilusão àquele Espírito cuja existência material apenas começava, pois ela era ignorante das leis da matéria, mesmo porque Maria se via privada de quaisquer socorros humanos. Ela tinha, pois, que acreditar num parto real. Mas, na verdade não foi real, mas, sim, aparente. (idem, ibidem, pág. 202)
NOSSO COMENTÁRIO
Como se vê, e ficou bem claro para quem tem olhos de ver, Maria foi magnetizada e caiu em sono hipnótico profundo. E foi fácil que isso acontecesse, porque era uma criança ainda e, como toda criança, acredita facilmente naquilo que se diz para ela ser uma coisa real, mesmo que seja uma pura ilusão. Se até um adulto é passível de ser hipnotizado, quanto mais uma criança.
Foi por isso que, sob efeito hipnótico, Maria acreditou, piamente, que o filhinho recém-nascido que trazia nos braços, era mesmo um neném de carne e osso, quando, na verdade, segundo Roustaing, não era. Ela estava em crise de sonambulismo e foi obrigada a acreditar numa ilusão, numa mentira...
E dizer que ainda há, dentro do movimento espírita brasileiro, pessoas inteligentes, cultas, preparadas, que acreditam numa bobagem dessas!
É incrível, mas é verdade!
Agora, o pior de tudo é que, por causa do mito da unificação, criado pelo tal do “Pacto Áureo”, abençoado por Emmanuel e pelo Chico, os que se declaram verdadeiros espíritas aceitam, humildemente, que o nosso movimento espírita continue sendo orientado e dirigido por uma instituição que é kardecista, mas também é roustainguista, descumprindo assim, vergonhosamente, o preceito evangélico de Jesus, que deixou bem claro: “- Ninguém pode servir a dois senhores”, como se lê no Evangelho de Lucas, cap. XVI, v. 13 e no Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, cap. XVI.