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O QUE SE LÊ EM "OS 4 EVANGELHOS" DE ROUSTAING

"Os Espíritos, no estado infantil, são confiados a preceptores que trabalham para o desenvolvimento intelectual e moral de seus discípulos, dando-lhes ensinamentos e exemplos. É então que as tendências se revelam. Os Espíritos, ou trilham laboriosamente o caminho do progresso espiritual, trabalhando com ardor, dóceis aos seus guias, pelo seu próprio desenvolvimento, crescendo em sabedoria, em pureza, em ciência, e chegam, sem haver falido, ao ponto onde nenhum véu mais lhes oculta a luz central; ou, ao contrário, confiantes em suas forças, desprezam os conselhos que lhes são dados, e, inebriados pela visão dos esplendores que cercam os altos Espíritos, deixam que o orgulho ou a inveja os empolguem.

"Já tendo grande poder sobre as regiões inferiores (...), muitos acreditam que só ao merecimento próprio devem o que podem e, desprezando todos os conselhos, caem. É a queda pelo orgulho. (Anjos decaídos)

"Outros, por nem sempre compreenderem a ação poderosa de Deus, não admitem que haja uma hierarquia espiritual e acusam de injustiça aquele que os criou, porquanto é Deus quem cria, não o esqueçais. Esses são os que caem pela inveja. (Anjos decaídos)

"Até o ateísmo - por mais impossível que pareça - não raro se manifesta naqueles cegos, colocados no centro mesmo da luz. E nunca, como aí, o ateísmo nasce tão diretamente do orgulho. Não vendo aquele de quem tudo emana (Deus), negam-lhe a existência e se consideram a base e a cúpula do edifício. São os que caem por ateísmo. (Anjos decaídos). Nesse caso mais severo é o castigo. É um dos casos da primitiva encarnação humana. É preciso que sintam o peso da mão, cuja existência não quiseram reconhecer.

"Qualquer que seja a causa da queda, - orgulho, inveja ou ateísmo -, os que caem são precipitados nos tenebrosos lugares da encarnação humana, conforme ao grau de culpabilidade...

"O Espírito então vai habitar corpos formados de substâncias contidas nas matérias constitutivas do planeta. Esses corpos não são aparelhados como os vossos (...) Não poderíamos compará-los melhor do que a criptógamos carnudos. Podeis formar idéia da criação humana, estudando essas larvas informes, que vegetam em certas plantas, particularmente nos lírios. São massa quase inerme, de matérias moles e pouco agregadas; massa que rasteja, ou antes desliza...

"Eis, oh! homem, a tua origem, o teu ponto de partida, quando o orgulho, a inveja, o ateísmo, surgindo mesmo no centro da luz, a indocilidade e a revolta te fizeram falir em condições que exigem a primitiva encarnação humana..." ("Os Quatro Evangelhos", vol. I, págs. 312-313 – 6ª edição da FEB)

"Não; a encarnação humana não é uma necessidade, é um castigo e o castigo não pode preceder à culpa" (idem, pág. 317).

NOSSO COMENTÁRIO

Como se viu na pág. anterior, para Kardec e os Espíritos Superiores da gloriosa equipe do Espírito de Verdade, que o assistiram na obra da Codificação do Espiritismo, a encarnação/reencarnação não é um castigo imposto por Deus e sim uma necessidade, um processo natural, para que o Espírito, por meio de inúmeras existências corporais, possa se depurar e progredir até atingir a perfeição, para a qual todos os Espíritos foram criados. Por outro lado, Kardec deixou bem claro também que o Espirito não retrograda, não recua em sua evolução Não há, portanto, Anjos decaídos.

Fica assim evidente como a obra roustainguista não pode nunca ser considerada como "complementar" às obras básicas da Codificação Kardecista, como está no parágrafo único do artigo primeiro do Estatuto da F. E. B., instituição que chega ao cúmulo de considerar "o roustainguismo um curso superior de espiritismo". E os roustainguistas, com Luciano dos Anjos à frente, defendem esse absurdo com tanta força. Chegaram até a recorrer ao Tribunal de Justiça para impedir que se tire da Carta Magna da Casa Mater do movimento espírita nacional essa verdadeira excrescência.

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