Eram já 17:15 h, quando chegamos ao Grande Circo de Bordéus, instalado na famosa Praça da Alegria, desta vez numa cidade do Triângulo Mineiro.
Havia muita gente nas galerias e nos lugares reservados às autoridades, aos repórteres e às pessoas importantes da cidade.
De repente apareceu no meio do picadeiro um histrião, que se tornou, popularmente famoso, porque vive percorrendo o Brasil, alardeando que é Molière reencarnado: sim, aquele célebre comediante francês do séc. XVII.
Vinha todo vestido a caráter, como aqueles bufões da Idade Média.
Ao entrar no picadeiro foi logo dizendo: - Respeitável público, “sem a continuidade dada por Chico, Kardec seria coisa de um século e meio atrás. Kardec, no Espiritismo, é o Velho Testamento, Chico é o Novo”.
É claro que muitos aplaudiram de pé: eram os roustainguistas da FEB e todos os membros do Conselho Federativo Nacional, além dos que freqüentam a Comunhão Espírita Cristã e o Grupo Espírita da Prece, ambos de Uberaba/MG bem como a Casa Bezerra de Menezes de Azamor Serrão e Indalício Mendes e o “Grupo dos 8”, de Luciano dos Anjos, do Rio de Janeiro/RJ.
Já os verdadeiros espíritas, ou seja, os que somente seguem a orientação dada pela luminosa Falange do Espírito de Verdade, através das obras de Allan Kardec, gritaram, unanimemente: “PROTESTO” e foram se retirando do recinto, indignados.
Foi o que me informou um companheiro espírita, que disse ter feito o mesmo: protestou e se retirou também indignado e deveras decepcionado diante de tanta sandice.
É incrível! A que ponto chegamos!
Eu teria agido da mesma forma, protestando, se lá também estivesse. E me retirando, é claro.
Agora, pergunto: - E os representantes da FEB, do CFN e da Federativa local, o que dizem sobre esse fato? Que justificativa apresentam aos militantes do movimento espírita que dirigem?! Nenhuma! Permanecem calados, como faziam os jesuítas da época da Santa Inquisição.
Eu gostaria muito de saber, e, como eu, tenho certeza, muita gente boa também. Mas, infelizmente, o Sr. Nestor João Mazotti, atual Presidente dos roustainguistas da FEB, seguindo a orientação jesuítica, não se dá ao luxo de responder coisa alguma. Para ele e todos os membros de sua Diretoria, a omissão, o silêncio, a conivência, são as melhores armas, para manter o mito da unificação criado pelo Pacto Áureo de 1949.
Que tristeza!!!...