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ESPÍRITO DA CODIFICAÇÃO

 

A revista “UNIVERSO ESPÍRITA” de São Paulo / SP, focaliza a figura de Erasto, num artigo de George de Marco intitulado “DA ERA CRISTÃ À CODIFICAÇÃO” (págs. 66 a 69). Realmente, desde o século I em que viveram Jesus (o Homem de Nazaré) e Paulo de Tarso (o Apóstolo dos gentios) até o século XIX, quando seu Espírito manifestou-se várias vezes na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas pelo médium, Sr. d’Ambel,  aparece o nome de Erasto na História da Humanidade, e, particularmente, do Espiitismo.

Mas há algo que precisa ser bem examinado, pois, tanto o articulista supracitado, George de Marco, como o Sr. Luciano dos Anjos, em seu livro “Os Adeptos de Roustaing” e o Sr. Antonio Carlos do Amaral Azevedo, em seu “Dicionário Histórico de Religiões”, todos se referem a um médico, professor universitário, filósofo e teólogo alemão, que viveu entre 1524 e 1583, cujo verdadeiro nome era Thomaz Eraste Lieber, e não, simplesmente Erasto, como afirmaram George de Marco e Luciano dos Anjos. Este último, inclusive, cometeu a insensatez de o incluir em seu livro (págs 76 e 77).  como um dos adeptos de Roustaing, o que não seria possível. Thomaz Eraste, encarnado na Alemanha, viveu no século XVI e João Batista Roustaing, encarnado em Bordéus (França), viveu no séc. XIX, portanto, quatro séculos depois!

Esse Thomaz Eraste (não Erasto) Lieber combateu o Calvinismo e não admitia o poder temporal da Igreja, achando que os Papas só deveriam cuidar de assuntos religiosos, através de seus representantes (os Cardeais), reunidos em Tribunais Eclesiásticos. A esses é que cabia o direito de julgar os hereges ou seguidores de doutrinas contrárias aos princípios estabelecidos pelos Concílios (Heresias). Cabia ao Papa então puni-los com a pena de excomunhão ou a sentença de morte na fogueira. Foi assim que surgiram: o Tribunal da Santa Inquisição e a Congregação do Index, cujas decisões eram seguidas dos autos-de-fé, como aquele que houve em Barcelona, Espanha, em 186l e colocou na fogueira várias obras de Allan Kardec.

Foi no séc. XVII que surgiu o “Erastianismo” ou Doutrina Religiosa dos Erastianos, discípulos de Thomaz Eraste Lieber.

Quanto ao Espírito de Erasto, Discípulo de Paulo, que se manifestou várias vezes na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, ditando excelentes Mensagens e Epístolas, que aparecem tanto nas obras da Codificação Espírita como em vários números da Revista Espírita de Allan Kardec, o ilustre articulista da Revista “Universo Espírita”, Sr. George de Marco, foi muito feliz. Aceite, portanto, nossos sinceros parabéns por seu brilhante artigo.

E aproveitamos a oportunidade para dar razão aos roustainguistas Azamor Serrão Filho e Paulo Roberto Serrão, que, na página primeira do seu Instrumento Divulgador “O CRISTÃO ESPÍRITA”, ordenam: “EXAMINAI TUDO”. Sim, examinemos tudo! Isto é um dever do verdadeiro cientista espírita.