Para comemorar os cento e vinte anos de fundação da F.E.B., uma solenidade foi realizada em Brasília. Deu-se assim início às comemorações do Bicentenário de Allan Kardec.
Na ocasião, o presidente da Casa, Nestor João Masotti, em sua exposição, ressaltou a extraordinária personalidade de Allan Kardec, sua dedicação e a excelência de seu trabalho, tanto na Codificação do Espiritismo, como na sua vida profissional de professor e escritor.
Esteve também presente a essa solenidade o conhecido médium baiano Divaldo Pereira Franco, que, em sua longa exposição, referiu-se, primeiramente, à Revelação feita por Jesus, o Homem de Nazaré, estendendo-se até chegar à Revelação feita pelo Espírito de Verdade. Fez então uma reflexão sobre a responsabilidade que têm os espíritas perante o legado do Codificador.
Tivemos conhecimento de que uma página eletrônica, exclusivamente com informações sobre Allan Kardec foi criada em função do Bicentenário do Codificador ...
Muito bem! Não temos nada contra essa solenidade, que, por sinal, consideramos muito justa e merecida, já que teve por objetivo prestar homenagem ao ilustre professor Rivail/Allan Kardec.
Isto, porém, não me impede de fazer também algumas reflexões.
Se Roustaing, ao assumir a paternidade das revelações feitas à sra. Collignon, fez questão de colocar sua obra apócrifa acima de "O Evangelho s/o Espiritismo" de Kardec, dizendo que se trata de uma "revelação da revelação", e, se os roustainguistas febeanos, com Ismael Gomes Braga à frente, se ufanam em dizer que "o roustainguismo é um curso superior de espiritismo", como é que, numa solenidade em que se exalta a figura de Allan Kardec (inferior, no conceito roustainguista), não se diz uma palavrinha sequer sobre a personalidade de Jean Baptiste Roustaing e sua obra!...
Onde o bom senso, a razão e a lógica, que devem caracterizar sempre o comportamento dos verdadeiros adeptos da Doutrina dos Espíritos!...