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UMA CRÔNICA DE J. HERCULANO PIRES

"Estamos numa fase em que necessitamos da maior vigilância no campo doutrinário. Os espíritas, hoje mais do que nunca, precisam vigiar e orar, segundo ensinou Jesus. Porque o movimento doutrinário se expande cada vez mais, e a Doutrina Espírita, sancionada pela evolução científica, desperta maior número de consciências. Por isso mesmo, a luta contra o Espiritismo é cada vez mais intensa. Essa luta não se processa apenas no campo adversário, mas também em nosso meio, através de mistificações e deturpações, contra as quais precisamos estar alertas, conscientemente prevenidos.

"Poucos espíritas, lembrando a advertência de Kardec, quanto à necessidade de repelir os erros para defender a verdade, vêm sendo capazes de distinguir o falso do verdadeiro, em matéria de comunicações mediúnicas. Obras de mistificação evidente, como as de Ramatis, são aceitas e defendidas com entusiasmo em nosso meio. De uma vez por todas, é preciso que usemos a cabeça, comparando as tolices ramatisianas, feitas para ridicularizar a doutrina, com as páginas equilibradas e os ensinamentos sensatos da codificação...

"Há também mistificações de encarnados, livros destinados a confundir o meio espírita, que circulam e são citados em artigos e em livros. Devemos ter o maior cuidado nessas citações, pois elas concorrem para a difusão do erro, a semeadura do joio na seara, e somos sempre responsáveis pelo que fazemos de certo ou de errado. Precisamos intensificar a leitura e o estudo das obras de Allan Kardec, de Léon Denis, (...), nos centros espíritas, rejeitando os livros imaginosos e falsos (entre os quais "Os Quatro Evangelhos" de J, B. Roustaing e o famoso "Vida de Jesus ditada por Ele mesmo") que mais nos oferecem de novo e de bom, pois destinam-se apenas a ridicularizar o Espiritismo. Esses não são livros espíritas. São o joio semeado na seara de Jesus, o Homem de Nazaré" ("O Infinito e o Finito" – Editora Correio Fraterno do ABC – Pág. 110).

É preciso ter sempre em mente o que disse o Espírito de Erasto, Discípulo de São Paulo e Guia Espiritual de Allan Kardec, em sua Epístola dirigida aos espíritas lioneses, e lida por Allan Kardec, no banquete que lhe foi oferecido no dia 19 de setembro de 1861: " É MELHOR REPELIR DEZ VERDADES, MOMENTANEAMENTE, DO QUE ADMITIR UMA SÓ MENTIRA, UMA ÚNICA TEORIA FALSA".

ATENÇÃO: Este conselho ou advertência de Erasto, Discípulo de São Paulo e Guia Espiritual de Allan Kardec, encontra-se na Revista Espírita do mês de outubro de 1861 (Coleção Edicel, pág. 324).

Antes de ler a Epístola de Erasto, Allan Kardec, em seu discurso de agradecimento pelas homenagens que recebia dos espíritas lioneses, no banquete do dia 19 de setembro de 1861, assim se expressou:

"Senhores, os Espíritos também querem participar desta festa de família e dizer a sua palavra. É de Erasto, que conheceis pelas notáveis dissertações publicadas na Revista Espirita, ditada espontaneamente, antes da minha partida e em vossa intenção, a epístola seguinte, que me encarregou de ler em seu nome. É com prazer que desempenho esta missão. Assim tereis a prova de que os Espíritos que se comunicam não são os únicos a se ocuparem convosco e aquilo que vos concerne. Esta certeza não pode senão reforçar a vossa fé e a vossa confiança, vendo que o olhar vigilante dos Espíritos superiores estende-se sobre todos e que, sem a menor dúvida, também sois objeto de sua solicitude". (Revista Espírita de outubro de 1861. Edicel, pág. 318)

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