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NOSSO COMENTÁRIO SOBRE AS “PEQUENAS REFLEXÕES” DO MARCO ANTONIO

      Encontramos aí uma série de erros de gramática, principalmente, de concordância verbal, o que nos faz sugerir que volte aos bancos escolares, para estudar um pouco a nossa língua.

     Ele começa seu e-mail, tratando-me como um “ilustre professor”, mas logo depois, declara que eu “extrapolei os limites do razoável que nos apresenta a liberdade de pensamento e de expressão, fazendo uma crítica carregada de fel e um quê de dor de cotovelo”. Portanto, ao contrário do que pensa, eu não sou um “professor ilustre”. Por outro lado, mais adiante, ele diz que eu, em minha crítica, adotei uma “postura infantil”, o que não é próprio de um “professor”, muito menos de um “professor ilustre”. Entrou, pois, em contradição por duas vezes.

     Ele afirmou que eu  tive “dor de cotovelo por não ter presenciado o encerramento de tão importante conclave...” Esqueceu, entretanto, de dizer que, em meus boletins anteriores, deixei bem claro que fazia questão de não ir a esse 2º Congresso Espírita Brasileiro porque tinha sido promovido por uma instituição, a F.E.B., que serve, ao mesmo tempo, a dois senhores: Kardec e Roustaing, contrariando assim o Evangelho de Jesus e o Evangelho de Allan Kardec. Não foi, portanto, por “dor de cotovelo” que não compareci a isso que ele chamou de “conclave”, sem saber, naturalmente o significado desta palavra, que, na verdade, não tem nada a ver com um congresso espírita., muito pelo contrário.

      Marco Antonio deu a entender, claramente, que achou um verdadeiro absurdo eu dizer em relação à notícia veiculada pela imprensa: “Enganou-se o Espírito do Dr. Bezerra de Menezes, ao anunciar a presença do único e verdadeiro Missionário da Terceira Revelação, ou foi enganado por algum espírito galhofeiro, que colocou no rosto uma máscara com as feições e o perfil do Mestre lionês, Allan Kardec, para iludir as pessoas de boa fé. Na verdade, acho que tudo não passou de uma montagem, muito comum hoje em dia, para dar mais força aos dirigentes roustainguistas da FEB e aos membros do Conselho Federativo Nacional da FEB”. Sim, eu escrevi isto em meu boletim de junho/2007 e estou escrevendo de novo agora, neste meu boletim de julho/2007. Acho, portanto, que devemos refletir um pouco, como fez o M. A  ao escrever o e-mail a mim endereçado.

      Quem pode garantir que o Espírito que se manifestou pela psicofonia de Divaldo Franco era mesmo o do Dr. Bezerra ? Ninguém. Por outro lado, quem garante que foi mesmo o Espírito de Allan Kardec, que, atendendo a um convite dos Espíritos-espíritas do Brasil, esteve também presente na sessão de encerramento do 2º Congresso Espírita Brasileiro? Ninguém. Pergunto então: - devemos dar crédito a isto, ou seja, a presença de Bezerra de Menezes e de Allan Kardec, nesse “conclave” ou sessão de encerramento do 2º Congresso Espírita Brasileiro, somente porque foi através do Divaldo Pereira Franco que aconteceu ?!

       Ora!, temos que distinguir tudo muito bem , para não confundirmos alhos com bugalhos. Vemos no Divaldo duas coisas bem distintas: o homem, o ser humano, e o médium, instrumento pelo qual se manifestam os Espíritos.  Temos certeza de que há muita lisura na pessoa e nos atos do Divaldo Franco. Pelo que eu saiba ninguém apontou ainda qualquer falha, qualquer deslize no seu comportamento como cidadão brasileiro.

Agora, quanto ao médium, seja ele quem for, devemos receber sempre com muita desconfiança o que sai de sua boca ou de sua caneta sobre o papel, quando nos apresenta alguma mensagem ou nos indica algum Espírito presente, embora invisível. Sim, temos de desconfiar sempre e raciocinar com muita serenidade.

     Então, cabe aqui a pergunta: “- Tem cabimento acreditarmos que Allan Kardec esteve presente em Espírito, nessa sessão de encerramento do 2º Congresso Espírita Brasileiro, promovido pela Federação Espírita (Roustainguista) Brasileira? Tem cabimento? Claro que não! Jamais ele, Allan Kardec, ficaria ali, no espaço,  completamente mudo, sem demonstrar, de modo próprio, por sua imagem (aos médiuns videntes) e por sua mensagem, transmitida por psicofonia ou por psicografia, que estava ali satisfeito com aquela manifestação de regozijo pelo Sesquicentenário do primeiro livro básico da Doutrina dos Espíritos!.Jamais, repito! E não havia razão nenhuma para ele ficar ali, invisível, como um ser passivo, um objeto decorativo, para deleite só dos videntes, porque estavam  ali ótimos médiuns à sua disposição, a começar pelo Divaldo Franco e o Raul Teixeira, para transmitir uma mensagem, pelo menos de agradecimento pelo convite recebido dos confrades brasileiros e pelas homenagens muito justas que estavam sendo prestadas pelo transcurso de tão significativa data: 18 de abril.

         Portanto, para mim, Kardec, presente em Espírito, jamais permaneceria ali, nessa sessão solene do 2º Congresso Espírita Brasileiro, sem deixar bem claro: -  Estou aqui, queridos confrades, partilhando com todos da alegria desse grande acontecimento.

        Agora, o que foi dito por um Espírito que se apresentou como sendo o do Dr. Bezerra para mim não passou de uma montagem para agradar aos dirigentes  roustainguistas, porque: a) foi a FEB roustainguista que promoveu esse “conclave” com o apoio de todas as Federativas; b) o Dr. Bezerra, quando na carne, foi também um grande e fanático roustainguista; c) a FEB, apoiada na decisão do Pacto Áureo e no prestígio que adquiriu, lançando ao público as obras psicografadas por Chico Xavier, apesar de roustainguista, ficou cheia de poder. Sim, um poder que cresce dia a dia, porque conta com a conivência e o apoio dos membros do Conselho Federativo Nacional, que não podem se rebelar contra o poder central, porque é um Departamento da F.E.B., e dos mais importantes.

       Para terminar nosso comentário, só me resta dizer que esse tal  M. A  tem duas faces bem distintas: de um lado é bastante arrogante, presunçoso, injusto, ao fazer as acusações e críticas que me fez; de outro lado, se mostra humilde, tímido, clamando por “indulgência” para com as suas “imperfeições” e, “perdão”, por sua falta de conhecimento doutrinário. Pede-me ainda, talvez de joelhos, - quem sabe? – que eu lhe queira bem e não mal por tudo que disse em suas “pequenas reflexões”, alegando que isto não me custará nada.

     Ora! como cidadãos, temos o direito de expressar nosso pensamento da melhor maneira possível. E, a meu ver, fazer críticas é bom e salutar, porque se aprende muito com o que os outros dizem de nós, do nosso comportamento. E o Sr. M. A. disse o que achava que tinha de dizer a meu respeito e sobre o que escrevi em meu boletim informativo. Não cometeu falta grave nenhuma. Não tenho, portanto, nada que perdoá-lo por aquilo que ele (não eu) chama de “minha falta de conhecimento doutrinário”.

     É claro que, como “bom cristão”, que ele diz que eu sou, tenho que ser “indulgente com as imperfeições alheias”. Não vejo nisso favor nenhum. Mesmo porque, como homem, estou também cheio de imperfeições;  peço e quero também que sejam indulgentes comigo.

     E é evidente também que “não me custará nada” ser indulgente com as imperfeições alheias, o que é um dever de todo espírita-cristão.

     Ao Sr. Marco Antonio deixo aqui também as minhas “saudações fraternas”.

                                               Erasto, o Pequeno