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“CRIACIONISMO E EVOLUCIONISMO ESPÍRITA”

 

            Este é o título do mais recente trabalho do nosso confrade e amigo, Lybio Magalhães, que no-lo enviou com uma dedicatória muito gentil e fraterna e uma carta em que nos diz: “ – Faço-o saber que, a despeito dos nossos inúmeros afazeres, sempre disponho de tempo útil para acompanhar seus embates. Leio os seus escritos e os aplaudo. A imprensa é a única trincheira de lutas. Parabéns.

            “Mas, enquanto há vida, vou traçando versos para amainar minha saudade, e, apontando reflexões em torno dela”.

            “CRIACIONISMO E EVOLUCIONISMO ESPÍRITA” é uma hipótese de trabalho, didático, de leitura rápida, inebriante, porque nele inseri textos poéticos.

            “Como se sabe, a Ciência é fria, insossa e a Filosofia foi projetada para além das especulações metafísicas.

            “Ainda bem que o Espiritismo não comporta abstrações; está nas leis da Natureza.

            “Trata-se de projeto ainda sujeito a revisão. Se puder, anuncia-o. Eu o mandarei para quem o solicitar.

            “Se eu fosse abastado, esqueceria, de propósito, exemplares sobre os bancos das praças  públicas.

            “Leia-o, se puder. Talvez se depare com algo de seu agrado.

            “Com o respeito do seu admirador contumaz

                        Lybio Magalhães

 

OBSERVAÇÃO

                               Explicando a razão de ser de sua obra, disse, na “Introdução”, o confrade e amigo Lybio Magalhães: “Pode parecer pretensão descabida um escritor de periferia ocupar-se de assuntos científicos e filosóficos, em suma, colocar em debate assuntos aparentemente antagônicos e conflitantes. Como entender o evolucionismo espírita que se contém no Livro dos Espíritos após o advento da Origem das Espécies, de Charles Darwin, em 1859? O saudoso e querido amigo Deolindo Amorim, em se reportando a Allan Kardec, aponta-o como identificado com a ciência do seu tempo. Deste modo, no cap. III – da Criação – parte 1ª, ele não se revela evolucionista. Todavia, 15 anos depois, ao editar o livro “A Gênese”, no cap. IV – Da Criação Universal, Kardec depõe a favor do evolucionismo. É que A Origem das Espécies surgiu dois anos depois do Livro dos Espíritos, que, na questão primeira aponta Deus como Princípio Inteligente do Universo, causa primária de todas as cosias..

‘Todavia, desde Nicolau Copérnico, Isaac Newton, Galvani, Alexandre Volta, Lavoisier, quantos avanços! Se, para a Igreja, Deus devia permanecer incólume, fora do raciocínio lógico, a despeito de proscrições e heresias, Copérnico, Galileu e outros, cientistas e filósofos, passaram a incrementar a teoria evolucionista de Darwin e Alfred Wallace. Tudo teria começado com Lamarck e Malthus. Como evitar então o impasse ciência e religião? De que maneira interagir dentro da vida  entre teorias criacionistas e evolucionistas, esta última baseada em pesquisas científicas? A despeito da incolumidade de Deus, quanta água passou por baixo da ponte?! Se a fila anda e a caravana passa, até chegarmos à teoria corpuscular da luz e a física quântica, quanto desenvolvimento tecnológico?! Por causa disso Einstein continua festejado...Mas, em matéria de ciência, nada é definitivo.

“Os Espíritos que presidiram a obra da Codificação revelaram-se evolucionistas, esquivando-se, todavia, da mecanicidade que o materialismo tenta impingir na alma das criaturas...

“...O evolucionismo espírita, se recoloca Deus no centro das nossas cogitações, revela também a vida objetivada, graças à excelência dos seus postulados”.   

 

NOSSA RESPOSTA

      Prezado confrade e amigo, Lybio, grande poeta, expositor e escritor espírita, agradeço sua atenção para comigo, o pequeno Erasto de Niterói.

                Quero que saiba que fiquei muito sensibilizado ao saber que você, “a despeito dos seus inúmeros afazeres, sempre dispõe de tempo útil para acompanhar meus embates, lê meus escritos, e, sobretudo, os aplaude”, como disse em sua carta. O mesmo digo eu em relação aos seus escritos doutrinários e à sua produção de vate muito inspirado pelos Espíritos superiores.

                “Vou, pois, ler o seu livro com espírito crítico e, posteriormente, emitir o meu parecer”.

                “Um grande abraço do confrade e amigo,

                            Erasto de C. Prestes,

               (O Franco Paladino de Niterói/RJ)

              - Discípulo humilde de Allan Kardec -