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CINEMA ESPÍRITA EM FOCO

 

            Foi um grande sucesso o lançamento do filme “Bezerra de Menezes: Diário de um espírito”. É o que nos diz o jornalista André Miranda, em seu comentário transcrito na Coluna “Segundo Caderno” do Jornal “O Globo” do dia 12 de setembro.

            “É um filme”, -  acrescentou ele  -  “feito por encomenda, dirigido por cineastas sem projeção nacional e mal avaliado por boa parte da crítica”.

Dirigido pelos cearenses Glauber Filho e Joe Pimentel, o filme é uma cinebiografia do médico, também cearense, Bezerra de Menezes, filho de família muito católica, que se converteu ao Espiritismo, após ter lido os livros de Allan Kardec. Entretanto, ao concluir a leitura de “Os Quatro Evangelhos” de João Batista Roustaing, também aceitou o docetismo adotado pela Federação Espírita Brasileira da qual foi presidente.

E, diga-se a bem da verdade, só pôde chegar a esse alto cargo, justamente por ser roustainguista, assumido e declarado. É que, desde a criação da chamada “Casa Mater”, em janeiro de 1884 tornou-se monopólio dos roustainguistas a eleição do seu presidente. Por isso, tomar posse desse elevado cargo e dos respectivos vices é um verdadeiro privilégio, inacessível aos verdadeiros espíritas, só kardecistas. E, - é preciso reconhecer  - , isso só é possível porque estes, os kardecistas, humildes e humilhados pelo “Pacto Áureo”, concordam e se submetem, pacificamente.

O filme em apreço foi lançado no dia 29 de agosto, data em que nasceu em 1831 aquele que ficou conhecido como “o médico dos pobres” com o que concordo plenamente. Não aceito, porém, que se diga que ele foi “o Kardec brasileiro”, da mesma forma que não aceito que o Chico Xavier foi o Kardec reencarnado.

A Revista Cristã de Espiritismo, edição de setembro de 2008, apresenta também um comentário sobre o filme “Bezerra de Menezes: Diário de um Espírito” feito por Mauro Costa, destacando que “estreou com sucesso no Brasil” essa produção da Trio Filmes, realizada pela Organização Não Governamental “Estação da Luz”, com um gasto que atingiu dois milhões de reais.

Para a realização desse longa metragem foi feita uma extensa e cuidadosa pesquisa histórica extraída da biografia de Bezerra de Menezes, escrita por Luciano Klein e pela Sra. Andréa Baldawill, encarregada de traçar o roteiro.

 

NOSSO COMENTÁRIO

 

Assistimos ao filme no mesmo dia do seu lançamento, em 29 de agosto, e não podemos deixar de elogiar essa produção cinematográfica dirigida por Glauber Filho e Joe Pimentel.

            De um modo geral, podemos dizer que gostamos do que nos foi apresentado e achamos que os atores representaram bem o seu papel, embora Carlos Vereza, interpretando a figura de Bezerra de Menezes,

nos tenha dado mais a impressão de estarmos diante de um rabino do que propriamente de um líder espírita tão popular e querido como foi o Dr. Bezerra de Menezes.

            Mas, valeu, pelo esforço realizado. Foi, realmente, uma grande produção!