CARTA DE BEZERRA AO SEU IRMÃO
A Federação Espírita Brasileira (FEB) lançou em sua sexta edição a carta que o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes dirigiu ao seu irmão Manoel Soares da Silva Bezerra de Menezes, em resposta à que recebeu dele, recriminando-o por ter se convertido ao Espiritismo, em 1886.
Na verdade, pertencendo a uma família tradicionalmente católica, provocou enorme reação seu discurso pronunciado no grande salão da Guarda Velha, em 10 de agosto de 1886, com a presença de mais de mil e quinhentas pessoas em que se declarou convertido ao Espiritismo.
Nessa carta, o Dr. Bezerra, mais conhecido como “médico dos pobres”, entre outras coisas, diz: “O Espiritismo não admite a transmigração do Espírito humano para corpos de animais irracionais (metempsicose). Estabelece a pluralidade de existências, mas todas com o puro caráter humano. O Espírito é criado para a perfeição, pelo saber e pela virtude, e marcha a seu destino através dos séculos, progredindo no duplo sentido, mediante múltiplas encarnações, até chegar ao estado de pureza exigida para poder entrar na sociedade de Deus, que é o destino humano, segundo a Igreja. Isto não é o mesmo que aquilo, salvo para quem confunde uma foice com um machado pelo fato de terem a mesma composição e se prestarem aos mesmos efeitos.
“Também não é o Espiritismo, como você diz, filho do politeísmo, religião dos demônios, que Jesus-Cristo expulsou...”
Infelizmente, por falta de espaço, não podemos transcrever na íntegra tudo que disse para o irmão o Dr. Bezerra de Menezes nessa carta-ressposta.