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TRIBUTO A INÁCIO BITTENCOURT

Espírita bastante popular na terra carioca, homem de bem e incansável na seara cristã, Inácio Bittencourt nasceu em Portugal, aos 18 de abril de 1862. Muito moço emigrou para o Brasil, onde chegou em 1875, fixando residência no bairro de Botafogo, onde começou a trabalhar, premido pela necessidade.

Aos 10 anos, bem cedo portanto, teve que abandonar a escola, mas continuou sozinho seus estudos, tornando-se um autodidata, conseguindo adquirir muitos e vários conhecimentos. Aos 21 anos tornou-se, como tantos rapazes da sua idade, um livre-pensador.

Em 1885 se fez espírita, ao ler "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec e as outras obras do querido Mestre lionês. Adquiriu forte convicção e se tornou ardoroso propagandista da Doutrina, quer pela palavra escrita e falada, quer pela excepcional mediunidade curadora de que era dotado. E assim, bem cedo, ficou muito popular, tanto nos meios espíritas como fora deles.

Fundou, em maio de 1912, o periódico "Aurora", que, sob sua direção e orientação, divulgou, por muitos anos, os princípios da Doutrina Espírita. Em 1919 fundou e dirigiu por muito tempo o "Abrigo Teresa de Jesus" para crianças desamparadas de ambos os sexos. Nesse mesmo ano, tornou-se presidente da "União Espírita Suburbana", substituindo o grande espírita que foi Fernandes Figueira. Por dois anos foi, ao mesmo tempo, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira e presidente do "Centro Espírita Humildade e Fé", onde dirigiu o jornal "Tribuna Espírita". Foi também diretor do "Asilo Legião do Bem", destinado à velhice desamparada.

Por ter exercido a mediunidade receitista e curadora, a população carente o considerava "apóstolo e santo" e, portanto, um benfeitor da Humanidade. Para a ciência médica oficial, era um contraventor. Por isso mesmo, foi processado pelo exercício ilegal da Medicina, mas absolvido por decisão do Supremo Tribunal Federal, em acórdão de 27 de outubro de 1923.

Inácio Bittencourt desencarnou em 18 de fevereiro de 1943, aos oitenta e um anos de idade.

(Extraído do livro "Grandes Espíritas do Brasil", de Zêus Wantuil – FEB).

Meu pai, Severino de Freitas Prestes Filho, o conheceu e por várias vezes recorreu aos seus conselhos e à sua mediunidade, pelo que lhe era muito agradecido.

Fica, pois, aqui, nossa singela, mas muito sincera homenagem a esse grande vulto do Espiritismo, que soube dar um belo exemplo de dedicação à Doutrina e de amparo aos necessitados.

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