ofplogo.gif (4994 bytes)   


 

DIÁLOGO DE KARDEC COM UM PADRE

     É o terceiro que consta do livro “O Que é o Espiritismo”; e começa assim:

“- Permita-me, senhor, dirigir-lhe por minha vez algumas perguntas? (Começa o sacerdote).

“- Á vontade...” Responde Allan Kardec.

     E o diálogo prossegue de maneira educada e elegante.

     Em certo momento, Allan Kardec diz, respondendo ao padre com quem dialogava: “Se a Igreja se fechasse nos limites da discussão, nada melhor. Mas, leia a maior parte dos escritos emanados de seus membros ou publicados em nome da religião, dos sermões que foram pregados, verá neles a injúria e a calúnia a transbordar de todos os lados; os princípios da Doutrina Espírita, por toda a parte, indigna e maldosamente mascarados. Não se ouviu do alto do púlpito seus partidários (os espiritistas) serem qualificados de inimigos da sociedade e da ordem pública? Aqueles a quem ela (a Doutrina) levou à fé, anatematizados e rejeitados pela Igreja, alegando-se que vale mais ainda ser incrédulo do que crer em Deus e na alma pelo Espiritismo?! Não se lamentou para eles (os espíritas) a falta das fogueiras da Inquisição?! Em certas localidades, não foram eles (os espíritas) indicados à censura de seus concidadãos, até serem perseguidos e injuriados nas ruas?!     

“... Diga-me, padre, será isso uma disputa leal? Os espíritas pagaram a injúria com a injúria, o mal com o mal?! Não. A tudo eles opuseram a calma e a moderação. A consciência pública já lhes fez a justiça de achar que não foram eles os agressores”.

     Mais adiante, com a franqueza que lhe era peculiar, Allan Kardec declara: “ – Que o materialismo combata o Espiritismo, compreende-se; porém, que a Igreja se ligue ao materialismo contra o Espiritismo, isto é menos concebível...”

            Leitor amigo, se você ainda não leu esse diálogo travado entre Kardec e um padre, leia-o.  Leia-o, sim,  e veja o que foi que o Mestre lionês respondeu ao sacerdote dessa Igreja Católica, Apostólica, Romana, à qual, no séc. XVI pertenceu o padre jesuíta Manuel da Nóbrega, o mesmo que, apresentando-se com o nome de Emmanuel, dominou o movimento espírita brasileiro no século XX. E ainda domina!

<<< Voltar