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CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

 

     De Cacequi/RS, escreve-nos o confrade e amigo Antônio Noroefé:

 “Caro Prof. Erasto.

“Saudações cordiais!

“Muito agradecemos o ininterrupto envio de seu

boletim  “O FRANCO PALADINO”, o qual fica sempre à disposição dos tarefeiros e freqüentadores do Centro Espírita Allan Kardec, desta cidade, os quais, na maioria, não aceitam, como nós também não aceitamos, a teoria de Roustaing, bem como a absurda (grifo do autor) propagação de que o notável médium das Alterosas, Francisco Cândido Xavier, tenha sido a reencarnação de Allan Kardec...

      “... Em 1927 a Editora ‘PENSAMENTO’, lançou a obra ‘’Diário dos Invisíveis’, psicografia de Zilda Gama, onde, fomos informados,  havia mensagens de Allan Kardec (Espírito). Temos tentado localizar a obra em referência, mas até agora em vão.

      “Com a gratidão de sempre, o abraço fraterno e sinceramente cordial do

                                          Antônio Noroefé”

NOSSA RESPOSTA

     Caro amigo, Antonio Noroefé, fico imensamente feliz em saber que está recebendo, ininterruptamente, este meu boletim mensal, que você lê e aprecia, como também os tarefeiros e freqüentadores desse grupo que tem como Patrono Espiritual o querido Mestre Allan Kardec.

      Como vocês, eu também não aceito que o grande médium de Uberaba/MG, Chico Xavier, foi Allan Kardec reencarnado, como vivem afirmando a Dra. Marlene Nobre e o Dr. Carlos Bacceli. Este, inclusive,  chega ao cúmulo de dizer que o Chico é maior do que Allan Kardec. Veja só que absurdo e que falta de respeito ao grande Missionário de Lyon!.

      Em correspondência que estou lhe enviando pelo  Correio, via  SEDEX, eu lhe digo qual é a minha opinião sobre quem foi de fato a reencarnação do prof. Rivail/Allan Kardec, bem como o que eu disse ao Wilson Garcia. Respondendo assim à pergunta que você me fez.

      Quanto ao livro “Diário dos Invisíveis” de Zilda Gama e a mensagem de um pseudo Allan Kardec, ali inserida, veja o que disse o saudoso confrade e amigo, Gélio Lacerda da Silva, em sua magnífica obra “CONSCIENTIZAÇÃO ESPÍRITA”, com o qual eu concordo, plenamente.

OUTRA CARTA

     De Belo Horizonte/MG, escreveu-nos, via e-mail, o confrade e amigo, Elcio Ferreira Marques:

     “Amigo e irmão, Erasto.

     “Jesus o ilumine sempre na defesa da pureza e inteireza do Espiritismo.

      “Li o livro psicografado pelo Carlos Bacceli, intitulado "FUNDAÇÃO EMMANUEL" (espírito Inácio Ferreira), onde se lê no final que um grupo de pessoas (no mundo espiritual) reúnem-se com o Chico Xavier. Este declara que foi Platão e que é Allan Kardec. Ao fazer uma prece se eleva (fica em pé) e os demais componentes do grupo, presentes naquela reunião, se ajoelham diante dele...

     “Lembrei-me do livro “Atos dos Apóstolos”, onde o Centurião Cornélio se ajoelha para beijar a mão de Simão Pedro, e este também fala: “ – Levanta, que também sou homem” !!

     “Meu amigo, quanta diferença, não é mesmo?!

     “Ranieri não escreveu o livro “CHICO XAVIER, o santo dos nossos dias?”.

      “Será por isto?

      “Onde estão as pessoas de bom senso, para denunciarem tais coisas ??

       “Nessa mesma obra, um espírito, de aspecto feminino, dá à luz um espírito!!! E eu me pergunto: - Se tal ocorre, quantas vezes Jesus nasceu no mundo espiritual para chegar até NÓS ???

        “Espírito engravidar! Parto no mundo espiritual! Santificação do Chico!

        “Lá, nessa obra do Bacelli, um dos espíritos diz que Deus parou de criar!...

      “Meu Deus, amigo Erasto: SOCORRO!!!!

     “Com o meu abraço fraterno,

                                               Elcio Ferreira  Marques

NOSSA RESPOSTA.

     É, meu amigo Elcio, tudo que você nos diz só nos provoca uma gargalhada. Parece que estamos mesmo dentro de um grande Circo, armado aqui, na chamada “Pátria do Evangelho”. Quá! Quá! Quá! Quá!...

      Receba nosso abraço fraterno.

                                                               Erasto, o Pequeno

MAIS  OUTRA CARTA.                                 

De São Paulo, escreve-nos Marta Beluco:

     “Meu querido amigo, Erasto.

     “Quero lhe agradecer o periódico que me manda, o que muito me agrada.

      “Leio-o com muito gosto e assino em baixo tudo que escreve.

      “Em novembro do ano passado, fui a um seminário de Carlos Bacceli. No desenrolar da palestra, ele citou o livro ‘Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho’. Quando ele terminou, aproveitei o momento e fiz, sem me identificar, uma pergunta, em relação a esse livro psicografado pelo Chico e lançado pela FEB, em 1938, com prefácio de Emmanuel.

     “Causei então um grande burburinho, você nem queira saber. Só deu para escutar: - Ah!, mas o que é isto, essa pessoa está louca!...

       “Tinha uma senhora ao meu lado, que se mostrou indignada com o que perguntei , mal sabendo ela que a dona da pergunta estava sentada bem junto dela.

       “E o que foi que perguntei, que causou assim tanta indignação dos presentes?

       “Só perguntei se esse livro de Humberto de Campos (Espírito), considerado pelos críticos antidoutrinário, publicado pela FEB, que é roustainguista, não colocou em risco a mediunidade do nosso Chico?

       “Ele, o Bacelli, saiu pela tangente, dando mil explicações, dizendo, inclusive que, nem todos da FEB são roustainguistas. Enfim, fugiu do assunto e não respondeu à minha pergunta.

       “Mas, o que me deixou mais perplexa, não foi propriamente a atitude absurda dele, esquivando-se de me responder, foi, sim, a revolta, a indignação que causei entre os presentes ao seminário. Parecia que eu estava cometendo um sacrilégio, um pecado mortal ...

dizer que o livro do Chico é antidoutrinário.

     “Amigo Erasto, tenho certeza de que, se o povo soubesse que eu era a dona da pergunta, eu seria colocada na fogueira; me queimariam viva.

     “O povo presente se contentou com a resposta evasiva que o Bacceli deu.

     “De minha parte, e, falando seriamente, o que eu acho é que o povo gosta mesmo é de ser enganado!!!

      “Quero dizer a você, e o faço com toda sinceridade, que gosto muito do que você escreve, em particular, quando se volta para os roustainguistas: o modo como você desmascara esse povo hipócrita do movimento espírita, do qual eu estou, terminantemente, afastada, pois não tolero falso moralismo, e a santidade do pau oco: dentro do centro espírita um doce, todo mundo fala baixinho; e lá fora, soltando veneno!...

      “Não tenho mais paciência para aturar tanta hipocrisia!

       “Meu amigo, muito obrigado por tudo!

       “Desejo a você e a toda a sua família, muita paz e saúde.

       “Um grande abraço

                                               Marta Beluco

MINHA RESPOSTA

 

     Prezada amiga e confreira, Marta Beluco, sua carta é, para mim, um grande incentivo para que eu prossiga na luta contra o roustainguismo, instalado no Brasil, em 1884, com a criação da Federação Espírita (Roustainguista) Brasileira, ao qual se juntou em 1927 o jesuitismo do padre Manuel da Nóbrega, - leia-se Emmanuel.

      E o pior de tudo, minha amiga, é que as Federativas todas estão mancomunadas com a FEB, com a qual se reúnem duas vezes por ano, curvando-se, humilhantemente, diante da prepotência do Sumo Pontífice instalado no seu trono de ouro em Brasília/DF.

      Quanto a esse livro ditado pelo Espírito de Humberto de Campos ao médium Francisco Cândido Xavier e publicado pela FEB em 1938, com prefácio de Emmanuel, eu também o considero antidoutrinário. Tanto assim que, em 1994, publiquei o meu “BRASIL: PÁTRIA DO ANTICRISTO”.

    Mas como era de se esperar, não teve a repercussão que eu esperava.

     Dos confrades que o leram, muito poucos se manifestaram favoravelmente às críticas que fiz . Das instituições espíritas às quais mandei, devidamente autografados, vários exemplares, pouquíssimas foram as que se dignaram pelo menos acusar o seu recebimento e agradecer a gentileza de minha parte.

      A FEB também recebeu um exemplar. Sabe qual foi a atitude que tomou o então Presidente? Simplesmente m’o devolveu pelo Correio.

      Minha querida amiga, estou convencido de que, aqui, no Brasil, quem não reza pelo catecismo dos roustainguistas da FEB e não se curva diante do padre Manuel da Nóbrega,  -  leia-se  Emmanuel  - não tem vez; é considerado um herege, e merece mesmo a pena de morte pela fogueira. Só que hoje em dia isto já não é mais possível, pois os tempos são outros. Por isso, a tática agora é outra: o silêncio, o desprezo, a indiferença.

     Eu falo isto por experiência própria porque meu último livro “SEVERINO DE FREITAS PRESTES FILHO, MEU PAI, MEU MESTRE”, que é a biografia de um grande missionário, não é exposto nas livrarias dos centros espíritas, nem aparece nas feiras de livros promovidas pelas instituições ligadas ao poder central. Pouquíssimos foram os jornais espíritas que fizeram uma pequena referência a ele. Mas, qualquer crítica ou comentário, que é bom, nada!...

      Mas, não importa!, vou prosseguir na luta, porque é isto que papai, hoje na Pátria Espiritual, quer, conforme mensagem que acabo de receber dele. E foi isto que mandou o Grande Erasto, discípulo de Paulo.

      Receba um abraço fraterno do

                                                               Erasto, o Pequeno