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UM PRESENTE BASTANTE ORIGINAL

     Ao ensejo do transcurso do Natal de Jesus, recebemos do Sr. Jorge Damas Martins Sobrinho-neto, um presente bastante original: uma caixinha, dentro da qual havia uma “jóia”, ou melhor, uma larva feita de metal em forma de broche. Acompanhando este presente, veio um cartão de Boas Festas com os seguintes dizeres: “Este criptógamo carnudo vai protegê-lo por toda a vida. Feliz Natal e um Próspero Ano de 2006. Do seu confrade e amigo, Jorge”.

    Como sou um homem de pesquisas, fui imediatamente aos dicionários, fazer uma consulta. E o que pude colher foi o seguinte: a) “larva” é o primeiro estado dos insetos, depois de saírem do ovo; b) “criptógamo” é um vegetal que não se reproduz por meio de flores e que tem órgãos reprodutivos pequeninos, dificilmente perceptíveis pelos leigos (hoje os criptógamos não constituem um grupo sistemático; estão divididos em muitos grupos independentes”.

     Como eu sei que esse senhor que me cumprimentou é roustainguista fanático, fui então a “Os Quatro Evangelhos” de Roustaing, e vi que: os Espíritos, criados por Deus, trilham o caminho do progresso fora do corpo físico e chegam à etapa final, própria dos Espíritos puros (Anjos). Entretanto, por uma questão de orgulho, de inveja ou de ateísmo são rigorosamente castigados por Deus, que os faz sofrerem uma queda vertiginosa, sendo  precipitados nos tenebrosos lugares da encarnação humana (teoria dos Anjos Decaídos). Para Roustaing, portanto, a encarnação é um castigo e não um fato natural, necessário para o progresso humano.

     E é para cumprir um castigo imposto pelo Criador, que “o Espírito vai habitar corpos rudimentares, formados de substâncias  grosseiras contidas nas matérias do planeta. Os elementos que compõem esses corpos se acham dispostos de tal maneira que o Espírito os possa usar. Não poderíamos compará-los melhor do que a criptógamos carnudos, ou seja, larvas informes que vegetam em certas plantas. São massa quase inerte, de matérias moles e pouco agregadas, que rasteja, ou antes, desliza, tendo os membros, por assim dizer, em estado latente...” ( Ver J.B. Roustaing, em “Os Quatro Evangelhos”, 6ª edição da FEB, vol. I, págs. 310 a 313).