Este é o título de um artigo que Allan Kardec publicou na Revista Espírita de março de 1858 e, em certo trecho, ele diz o seguinte: “... os adeptos do Espiritismo são todos concordes com o magnetismo, pois todos admitem sua ação e reconhecem nos fenômenos sonambúlicos uma manifestação da alma” (R.E. tradução de Júlio Abreu Filho, Lançamento da EDICEL, pág. 95) e“O magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e os rápidos progressos desta última doutrina são incontestavelmente devidos à vulgarização das idéias sobre a primeira. Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas, há apenas um passo; sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um sem falar do outro.” (Idem, pág. 96)
Em outubro do mesmo ano, Allan Kardec voltou a se referir ao magnetismo animal, dizendo: “O Espiritismo liga-se ao magnetismo por laços íntimos, como ciências solidárias (...) Os Espíritos sempre preconizaram o magnetismo, quer como meio de cura, quer como causa primeira de uma porção de coisas (...) Os fenômenos espíritas têm aberto os olhos de muita gente, aliando as pessoas ao magnetismo...”
(Ídem, íbidem pág. 288)
NOSSO COMENTÁRIO
Meu pai, Severino de Freitas Prestes Filho, que sempre teve sêde de saber e grande curiosidade intelectual, durante as aulas de História na Escola Militar, veio a tomar conhecimento da doutrina do magnetismo animal, ciência criada pelo médico alemão Franz Anton Mesmer. Teve oportunidade também de conhecer alguns professores que se dedicavam a essa ciência, que lhe deram lições teóricas e práticas sobre o magnetismo. Ao sair Aspirante a Oficial em 1911, tornou-se então um exímio magnetizador, tendo realizado muitas experiências de sonambulismo e curado muitas pessoas que recorreram à sua capacidade de tratar de casos difíceis.
Hoje, sei , perfeitamente, o que é que o Espírito de Verdade quis dizer a Allan Kardec, quando, em junho de 1860, declarou: “... quando voltares (à Terra) será em condições tais que te permitam trabalhar desde cedo”.