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A VOLTA DE ALLAN KARDEC

 

                Este é o título do livro do Dr. Weimar Muniz de Oliveira, que já está em sua segunda edição. É um lançamento da Editora Gráfica KELPS Ltda. de Goiânia/GO, como anuncia o Sr. Altair, redator da Revista trimestral ICESP do Instituto de Cultura Espírita de São Paulo, Ano 7, nº 26. A obra está sendo distribuída pela Federação Espírita do Estado de Goiás, da qual o autor, Dr. Weimar, é presidente.

                Trata-se, como é sabido, de uma análise crítica sobre as personalidades de Allan Kardec e de Francisco Cândido Xavier. Diz, contudo, a notícia que aparece na Revista ICESP, que o Dr. Weimar, ilustre magistrado, co-fundador e vice-presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (ABRAME), “conseguiu, ao longo da narrativa, permanecer neutro quanto à tese da possibilidade de ter sido o Chico Xavier a reencarnação de Allan Kardec”.

                Isso, entretanto, contradiz o que o próprio Dr. Weimar declarou em entrevista concedida ao jornal “Folha Espírita” de São Paulo, quando afirmou: “ – Diante das provas inexoráveis  coletadas nessa pesquisa e da análise crítica que fizemos, por força do bom-senso e da razão e também da sinceridade que devo usar como magistrado espírita, proclamo, alto e bom som: Chico Xavier foi a reencarnação de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo”.

                Mas não foi mesmo! É o que eu volto a afirmar, também alto e bom som, repetindo o que disse em meu artigo publicado na pág. 5 deste meu boletim informativo, O Franco Paladino, edição de maio de 2007. E, repudiando essa hipótese absurda, não faço, nada mais nada menos, do que concordar com outros grandes vultos do movimento espírita brasileiro contemporâneo que disseram a mesma coisa: Luciano dos Anjos, Divaldo Pereira Franco, Heloísa Pires, Jorge Rizzini, Dora Incontri, Antônio Corrêa de Paiva, José Jacyntho de Alcântara e muitos outros. Este último, inclusive, rebatendo um mal entendido de minha parte, disse-me, claramente, por carta: “- O Sr. afirma (depois de  chamar-me de fanático) que concluiu, após ler meus escritos, que eu aceito o ‘consenso’ de que o Chico Xavier é a reencarnação de Kardec. Erro seu nunca disse semelhante asneira”.    É, realmente, uma grande “asneira”. Aproveito, pois, o momento, para deixar registrado aqui no meu Boletim Informativo o meu pedido de desculpas. Sim, mil desculpas, Sr. José Jacyntho.

                O próprio Chico (verdade seja dita) nunca admitiu essa hipótese. Muito pelo contrário, pois, humildemente, declarou que não passava de uma pulga, um cisco, um matuto, um insignificante, um quase inútil, um graveto, uma besta quadrada, um verme, ou melhor, um subverme, melhor dizendo, um  nada... Exagero de sua parte, é claro, porque como pessoa e, sobretudo, como médium, ele teve realmente grande valor, dentro do movimento espírita nacional e internacional. Mas daí a afirmar-se que ele foi a reencarnação de Allan Kardec, o único e verdadeiro Missionário da Terceira Revelação, vai uma distância muito grande!...

                Portanto, já é tempo de se deixar de aceitar uma “asneira” tão grande, como declarou nosso confrade Jacyntho, ou, como, muito bem afirmou a professora Dora Incontri que disse: “é um absurdo tão sem fundamento que deveria chocar o bom senso de qualquer um...”