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JESUS   , UM REVOLUCIONÁRIO

 

                No cap. XVII  (números 22 a 24) de “A GÊNESE” de Allan Kardec, ficou bem claro que Jesus, o Homem de Nazaré (não o “agênere” dos roustainguistas”), em sua vida de missionário (durante três anos), nem sempre foi um pregador pacífico, como apareceu um dia no monte das Oliveiras, dirigindo-se às massas que o cercavam e abençoando todo mundo. Não, Jesus foi um revolucionário.

É verdade, sim, Jesus foi um GRANDE REVOLUCIONÁRIO, que sempre se colocou ao lado dos pobres contra os ricos, dos fracos contra os fortes, dos perseguidos contra os perseguidores.

A maior prova disto está na atitude corajosa que tomou em relação aos fariseus e os doutores da lei mosaica,  censurando-os, publicamente, como se vê no Evangelho de Mateus, cap. XXIII, chegando mesmo a amaldiçoá-los, dizendo: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas...”, o que repetiu várias vezes

            Também se mostrou um revolucionário, quando desmascarou os falsos profetas e declarou, enfaticamente, que ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo, ou seja, a Deus e a Mamon.

 Ele também sempre defendeu a verdade e atacou a mentira, a falsidade, a hipocrisia.

            E justamente por ter-se mostrado um grande revolucionário do seu tempo, é que foi perseguido, acusado, injustiçado, preso, condenado à morte e, finalmente, crucificado, barbaramente entre dois ladrões, por ordem dos príncipes dos sacerdotes judeus daquela época, que contavam com o apoio do representante do Imperador romano.

            Passados os séculos depois do martírio do Mestre nazareno, apareceu, no século XIX, o professor Rivail / Allan Kardec, que, a serviço do Consolador prometido por Jesus, declarou em seus discursos e deixou escrito em seus livros e na Revista Espírita, que o Espiritismo não era uma religião no sentido vulgar do termo, e, sim, uma ciência e uma doutrina filosófica com conseqüências morais.

            E por ter dito a Verdade é que foi, barbaramente, atacado pelos materialistas,  pelos representantes da Ciência oficial, e, sobretudo, pelos bispos da Igreja Católica.   Um deles, inclusive, promoveu um auto-de-fé em Barcelona e fez questão de mandar queimar em praça pública vários exemplares das obras do Mestre e Missionário da Terceira Revelação, Allan Kardec, que nunca se curvou diante dos ataques dos seus adversários. Também jamais se mostrou omisso ou conivente com os erros defendidos pelos sacerdotes católicos.

            Allan Kardec foi um grande polemista, colocando-se sempre em defesa da verdade, ou melhor, do Espírito de Verdade. Chegou mesmo a dizer: “Há uma polêmica ante a qual jamais recuaremos: é a discussão séria dos princípios que professamos”. (Fonte: Revista Espírita de novembro de 1858, páginas 305 e 206 – EDICEL – Tradução de Júlio Abreu Filho).

            Comentando a passagem do Evangelho de Mateus (VII, 1 e 2) que diz: “Não julgueis para não serdes julgados”, Allan Kardec deixou bem claro que “não se deve tomar ao pé da letra, ou melhor, no sentido absoluto, esse princípio. Jesus não podia proibir que se reprove o mal, pois ele mesmo nos deu exemplo disso e o fez em termos enérgicos” (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, nº 13).

            E, nesse ponto, ele, Kardec, sempre esteve coerente com o que disse o Espírito de São Luiz, Protetor da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que, manifestando-se em 1860, em Paris, assim se pronunciou, respondendo a uma indagação do Mestre: “Não é proibido ver o mal quando o mal existe” e “desmascarar a hipocrisia e a mentira é um dever de todos, pois é melhor que um homem caia do que muitos serem enganados e se tornarem suas vítimas” (idem, números 20 e 21)

            Portanto, nós, verdadeiros espíritas, não podemos nos omitir, muito menos mostrar-nos coniventes com o erro, com a mistificação, com a mentira e com a hipocrisia. Assim, os absurdos que se encontram no livro “Os Quatro Evangelhos” de Roustaing, têm que ser combatidos e, sobretudo, revelados à comunidade espírita brasileira, apesar do que consta no Pacto Áureo de outubro de 1949, que, em defesa do “mito” da unificação, colocou uma verdadeira mordaça na boca dos militantes espíritas, que não podem de maneira nenhuma se manifestar contra o roustainguismo da FEB. É pecado!...