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SEVERINO DE FREITAS PRESTES FILHO

                 ( Dados biográficos)

             Segundo cálculo feito pelo próprio Codificador do Espiritismo, tomando por base o anúncio feito pelo Espírito de Verdade, sua volta ao planeta, em outro corpo físico, se daria no final do séc. XIX.

Meu pai nasceu em 1º de fevereiro de 1890, portanto, vinte e um anos após a desencarnação de Allan Kardec, cujo pai, Jean Baptiste Antoine Rivail, era homem de leis (Advogado), como o de meu pai, Severino de Freitas Prestes, também era.

Meu pai, que morava com a avó, a mãe e os irmãos em Novo Hamburgo/RS, criança ainda, foi levado para a cidade vizinha de São Leopoldo/RS, onde foi internado num Colégio religioso católico fundado e administrado pelos padres jesuítas alemães prussianos. Allan Kardec, também criança ainda, foi levado para Yverdun, na Suíça. Ambos  fizeram, portanto, o curso de Humanidades (antigo ginasial), afastados, bem cedo, dos seus entes familiares.

                Meu pai, quando aluno do Ginásio Na. Sa.da Conceição, da Ordem dos Jesuítas, dava explicações aos colegas de turma, que não haviam apreendido bem as lições do dia. Fez também o mesmo, mais tarde, quando aluno da Escola Militar de Porto Alegre. Na verdade, sua vocação era  para o magistério. Só seguiu a carreira militar, para atender à vontade de seu pai, expressa em carta testamento. Allan Kardec também, quando aluno interno em Yverdun, ajudou muito seus coleguinhas de classe

                Meu pai, desde cedo se interessou pelo estudo e pela prática do Magnetismo animal ou mesmerismo. Durante anos foi um excelente magnetizador. Fazia experiências notáveis, usando como “sujets” pessoas da família, parentes e amigos, que se ofereciam como voluntários. Allan Kardec também foi magnetizador, e, como seu companheiro, Sr. Fortier, freqüentava a Sociedade Parisiense de Magnetismo.

                Meu pai, ao tomar conhecimento do papel histórico brilhante desempenhado pelos  maçons na França e no Brasil, filiou-se à Maçonaria, tendo sido admitido na Loja Maçônica “Vigilância” de Niterói. Allan  Kardec, segundo nos informa seu biógrafo, André Moreil, “encontrou afinidades com a Maçonaria”, mas, não se sabe ao certo em que Loja Maçônica foi iniciado como maçon.

                Meu pai era um poliglota. Sabia falar e ler muito bem o francês, o alemão, o italiano, o espanhol e o inglês. Allan Kardec, além do francês, sua língua pátria, conhecia outros idiomas: o alemão, o inglês, o italiano e o espanhol. Era, inclusive, um excelente tradutor.

                Meu pai gostava muito de música clássica e canções populares. Sempre que podia, ia ao teatro lírico. Por sua vez, “era de se notar o profundo amor de Allan Kardec pela música”, disse seu biógrafo André Moreil.

                Meu pai poderia ter alcançado altos postos da administração pública. Mas nunca teve a intenção de se colocar em evidência. Foram as circunstâncias de sua vida de militar que o levaram a exercer cargos de projeção na sociedade. Também no meio espírita, jamais se apresentou como candidato a cargos de Diretoria de instituições espíritas. Allan Kardec também jamais quis se colocar em evidência. Destacou-se contudo como Professor e Codificador do Espiritismo, tendo mesmo ocupado o cargo de Presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, por ele fundada.

                “... custou-me mais de um ano de trabalho, para ficar, eu mesmo, convencido da verdade do Espiritismo...” disse Kardec. Meu pai, devido à sua formação positivista, custou muito também a aceitar a revelação espírita.

O Guia Espiritual de Allan Kardec foi o  Espírito de Erasto. O “Guia bem amado” de meu pai  também foi o Espírito de Erasto, Discípulo de Paulo

                Allan Kardec foi ótimo orador e usou da palavra não só nas reuniões realizadas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas como também nas viagens que fez de propaganda da Doutrina Espírita, visitando várias cidades da França. (Ver “REVISTA ESPÍRITA”  e o livro “VIAGEM ESPÍRITA EM 1862”).

                Meu pai, quando cadete da Escola Militar de Porto Alegre, destacou-se logo como grande orador. Depois, como Oficial, era sempre designado por seus superiores hierárquicos para representá-los em várias cerimônias, onde falava em nome deles. Como maçon, teve oportunidade de falar em várias reuniões da Loja Maçônica que freqüentava. Após sua conversão ao Espiritismo fez várias palestras e conferências, em vários centros espíritas das cidades onde serviu como Oficial do Exército.

                Allan Kardec leu “Os Quatro Evangelhos” de J.-B.Roustaing e não gostou, pois achou-o antidoutrinário, como deixou bem claro na REVISTA ESPÍRITA de junho de 1866 e no livro “A GÊNESE” de 1868. Meu pai, ao ler essa obra que ficou também registrada como “Revelação da Revelação”, não gostou, por considerá-la antidoutrinária. E este foi o principal motivo que fez com que ele não procurasse os dirigentes da FEB, por saber que eram roustainguistas. Só ia à Livraria da chamada “Casa Mater”, para adquirir o “Reformador” e comprar obras espíritas. Mas, coerente com sua formação de militar, positivista a princípio, e depois, espírita, nunca se revoltou contra ela, pois via na FEB, embora roustainguista, uma espécie de Quartel General. Todavia, em nossas conversas em família, sempre deixou bem claro sua posição contra o roustainguismo que a FEB defende.

                Allan Kardec soube enfrentar com serenidade o momento de sua desencarnação, em 31 de março de 1869, pois, como espírita convicto, tinha plena certeza de que a verdadeira vida era a do Espírito e não a do corpo humano. Meu pai, ao desencarnar, em 17 de janeiro de 1979, soube também enfrentar com serenidade o momento supremo de sua existência terrena, pois também tinha a mesma convicção do mestre lionês...

                Belos exemplos de vida e de morte deram ambos!...    

Prezados leitores, aguardem a segunda edição, melhorada e ampliada, do livro “SEVERINO DE FREITAS PRESTES FILHO, MEU PAI, MEU MESTRE”, de nossa autoria, que lançaremos em breve, com novos documentos importantes.

Façam, desde já, suas reservas, porque, como a primeira edição, esta será também financiada por nós, com nossos próprios recursos, e não pela FEB roustainguista, como os livros de Emmanuel, André Luiz e Humberto de Campos, psicografados pelo Chico. Serão, novamente, apenas quinhentos exemplares. Não mais do que isto...

VIVA O ESPÍRITO DE VERDADE !

   VIVA O ESPÍRITO DE ERASTO !

       VIVA ALLAN KARDEC !

VIVA SEVERINO DE FREITAS PRESTES FILHO!