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CHICO, A FEB E HENRIQUE ANDRADE

 

                 A Revista “FidelidadESPÍRITA” de Campinas/SP, edição de agosto de 2007, reproduz trecho do livro “Testemunhos de Chico Xavier”de Suely Caldas Schubert, no qual nos mostra o pensamento do médium em relação a pessoas e fatos ocorridos no seu tempo.

                Chico trocava correspondência epistolar com Antonio Wantuil de Freitas, Presidente da FEB roustainguista, de quem se considerava amigo e muito reconhecido pelas provas de amizade que dele vinha recebendo: “- Meus agradecimentos à tua dedicação de sempre”, foi o que declarou em carta de 29 de setembro de 1946, na qual se lê também o seguinte: “ – Aguardo com muito interesse a nova edição do Roustaing (“Os Quatro Evangelhos”).

                Nessa mesma carta, ele demonstra que tomou conhecimento do lançamento do livro “A Bem da Verdade” de Henrique Andrade e estava ansioso por ler o que ele continha. Mas mudou de idéia, como ele próprio confessou ao Presidente da FEB: “- (...) Tuas informações, referentemente ao livro que encontraste e eu procurava, esmoreceram-me o desejo de lê-lo...”

                Ora, em setembro de 1946, ele, o Chico, estava com trinta e seis anos e cinco meses de idade e, como médium, já tinha psicografado várias obras e mensagens espirituais. Tudo indica, portanto, que já conhecia as obras da Codificação espírita e devia ter lido “O Livro dos Médiuns” em cujo capítulo III da primeira parte, relacionado ao “Método de estudo”, o que Kardec disse no ítem 4º do nº 35: “Aqueles que querem tudo conhecer relacionado a uma ciência, devem, necessariamente,  ler tudo que for escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, as coisas principais, e não devem limitar-se a um só autor; devem mesmo ler o pró e o contra, tanto as críticas como as apologias; devem inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poder julgar por comparação”.

                Logicamente, se ele ainda não lera o livro de Henrique Andrade, que combate o roustainguismo, deveria ler assim como já lera a obra de Roustaing, tanto assim que declarou a Wantuil de Freitas que aguardava com muito interesse a nova edição de “Os Quatro Evangelhos”. Não deveria nunca, por conseguinte, ter-se deixado levar pelas informações que, sobre o livro de Henrique Andrade, lhe dera o Presidente da FEB, roustainguista fanático.   

NOSSO COMENTÁRIO: o verdadeiro Allan Kardec reencarnado, jamais agiria assim como agiu o Chico. E, a propósito, devo informar que meu pai, Severino Prestes Filho, que já tinha lido Roustaing e repudiado o que consta em “Os Quatro Evangelhos”, ao ler a obra de Henrique Andrade, “A BEM DA VERDADE”, gostou muito e sempre elogiou  bastante esse grande defensor da pureza doutrinária do Espiritismo, cujos excelentes artigos, publicados no jornal “Mundo Espírita”, lia com muito interesse